Steph: Mentiiiiira! Eu tb!
Vivi: Welcome do the Jungle. Jura?
Steph: Hahahaha jungle mesmo! Negocio chaaaato!!
Vivi: Meu, na primeira injeção eu chorei mto. O Du entrou no quarto e falou o que foi? Numa resposta cheia de hormônio eu disse “O que foi? Vc vem aqui, faz, e o resto é td comigo” Kkkkk
Steph: Mas vc que esta aplicando?
Vivi: Eu mesma estou aplicando. Preferi
Steph: Eu confesso q o Fe estava aplicando e so tive coragem faz umas 2 semanas!!! Mas doeu mtoooo menos eu mesma aplicar. Já te deram a dica de onde não doí??
Vivi: Já peguei de tds. Mas ainda estou na barriga. Em breve, num novo ato de coragem, vou no quadril
Steph: Na lateral da cintura doí bem menos.
Vivi: Uma amiga minha aplicava no braço. Lets try! Pq vc está tomando?
Steph: Eu tenho uma mutação no gene da trombose e a chance de ter complicações é mais alta
Vivi: Que bom ter visto isso antes. A Nina nasceu prematura por isso
Steph
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Vivi
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E assim nasceu mais uma coisa em comum: o Clexane.
Aquela injeção chata na barriga, mas tão importante para evitar qualquer
complicação.
A primeira vez que ouvi que eu teria que tomar as
injeções eu lembro da cara da médica até hoje. Parecia que seria algo ruim
e...sim, é chato. Sim, doí. Sim, você enche o saco. Mas, em pouco tempo passa
tudo isso e você entende e aceita que isso é o melhor para o seu bebê e para
você. E aí nasce pela primeira vez o seu senso de responsabilidade pela
criança. E de como o que você faz, impacta diretamente aquele pequeno ser.
Você começa a ser mãe com uma pequena picada na barriga.
Eu demorei para criar coragem e aplicar em mim
mesma. Não tenho medo de agulha, mas sou daquelas que olha para o lado quando
vão te picar para tirar sangue. A verdade é...a melhor coisa que você pode
fazer por você é fazer a aplicação. Você consegue sentir aonde doí mais ou
menos, você sabe se está doendo, você vai no seu ritmo...e você ganha uma
liberdade e controle sobre aquilo (que já é chato!) que facilita um pouco.
Além que tive muito orgulho de mim mesma quando
passei por cima do medo e aflição. Me senti capaz...não só de me dar uma
picada, mas de começar a cuidar da Maya.
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Diferente da Steph, a minha necessidade da injeção
foi descoberta após o nascimento prematuro da Nina. Depois do parto, minha
médica mandou minha placenta para uma análise e foi constatado que o fato
dela ter ficado “velha/calcificada” antes do tempo foi por ter tido uma
trombose placentária. Faço depois muitos exames de sangue o que disse uma
alteração no Fator V Leiden e baixa proteína S, uma pré-disposição baixa para
trombose, que na gravidez ela aumenta.
E então ela disse, numa próxima gravidez, você
precisaria tomar uma injeção TODOS os dias na barriga. Na hora, confesso que
pensei: “numa próxima? Nem a pau”.
Mas a ideia da família com filho único passou, tomei
coragem, aliás, fiz meu marido se encorajar a ter o segundo.
E então a rotina de se picar todos os dias começou,
as primeiras foram horríveis, eu mesma apliquei sempre, barriga roxa e etc.
Mas depois você meio que se acostuma, e fica dentro da rotina como escovar os
dentes.
O outro lado ruim é o preço, uma media de 50 reais
por dia. Eu cheguei a solicitar no governo, mas como tudo nesse país não
privilegia o trabalhador, chegou a autorização para retirada da injeção 5
dias antes do bebê nascer, completamente fora do tempo.
Quando a consciência da importância dessas picadas
cai, juro que se precisasse tomar mais para garantir que ele pudesse vir ao
mundo bem, eu tomaria. Dudu nasceu bem, chegamos a suadas 38 semanas.
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