sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Uma picadinha?!?!?!?

Vivi: Eu estou tomando injeção na barriga tds os dias. Para evitar trombose e prematuridade.

Steph: Mentiiiiira! Eu tb!

Vivi: Welcome do the Jungle. Jura?

StephHahahaha jungle mesmo! Negocio chaaaato!!

ViviMeu, na primeira injeção eu chorei mto. O Du entrou no quarto e falou o que foi? Numa resposta cheia de hormônio eu disse “O que foi? Vc vem aqui, faz, e o resto é td comigo” Kkkkk

Steph: Mas vc que esta aplicando?

ViviEu mesma estou aplicando. Preferi

StephEu confesso q o Fe estava aplicando e so tive coragem faz umas 2 semanas!!! Mas doeu mtoooo menos eu mesma aplicar. Já te deram a dica de onde não doí??

ViviJá peguei de tds. Mas ainda estou na barriga. Em breve, num novo ato de coragem, vou no quadril

StephNa lateral da cintura doí bem menos.
 ViviUma amiga minha aplicava no braço. Lets try! Pq vc está tomando?

StephEu tenho uma mutação no gene da trombose e a chance de ter complicações é mais alta

ViviQue bom ter visto isso antes. A Nina nasceu prematura por isso


Steph
Vivi
E assim nasceu mais uma coisa em comum: o Clexane. Aquela injeção chata na barriga, mas tão importante para evitar qualquer complicação.
A primeira vez que ouvi que eu teria que tomar as injeções eu lembro da cara da médica até hoje. Parecia que seria algo ruim e...sim, é chato. Sim, doí. Sim, você enche o saco. Mas, em pouco tempo passa tudo isso e você entende e aceita que isso é o melhor para o seu bebê e para você. E aí nasce pela primeira vez o seu senso de responsabilidade pela criança. E de como o que você faz, impacta diretamente aquele pequeno ser. Você começa a ser mãe com uma pequena picada na barriga.
Eu demorei para criar coragem e aplicar em mim mesma. Não tenho medo de agulha, mas sou daquelas que olha para o lado quando vão te picar para tirar sangue. A verdade é...a melhor coisa que você pode fazer por você é fazer a aplicação. Você consegue sentir aonde doí mais ou menos, você sabe se está doendo, você vai no seu ritmo...e você ganha uma liberdade e controle sobre aquilo (que já é chato!) que facilita um pouco.
Além que tive muito orgulho de mim mesma quando passei por cima do medo e aflição. Me senti capaz...não só de me dar uma picada, mas de começar a cuidar da Maya.  
Diferente da Steph, a minha necessidade da injeção foi descoberta após o nascimento prematuro da Nina. Depois do parto, minha médica mandou minha placenta para uma análise e foi constatado que o fato dela ter ficado “velha/calcificada” antes do tempo foi por ter tido uma trombose placentária. Faço depois muitos exames de sangue o que disse uma alteração no Fator V Leiden e baixa proteína S, uma pré-disposição baixa para trombose, que na gravidez ela aumenta.
E então ela disse, numa próxima gravidez, você precisaria tomar uma injeção TODOS os dias na barriga. Na hora, confesso que pensei: “numa próxima? Nem a pau”.
Mas a ideia da família com filho único passou, tomei coragem, aliás, fiz meu marido se encorajar a ter o segundo.
E então a rotina de se picar todos os dias começou, as primeiras foram horríveis, eu mesma apliquei sempre, barriga roxa e etc. Mas depois você meio que se acostuma, e fica dentro da rotina como escovar os dentes.
O outro lado ruim é o preço, uma media de 50 reais por dia. Eu cheguei a solicitar no governo, mas como tudo nesse país não privilegia o trabalhador, chegou a autorização para retirada da injeção 5 dias antes do bebê nascer, completamente fora do tempo.
Quando a consciência da importância dessas picadas cai, juro que se precisasse tomar mais para garantir que ele pudesse vir ao mundo bem, eu tomaria. Dudu nasceu bem, chegamos a suadas 38 semanas. 

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