Vivi: Eu vejo algumas coisas, e preciso compartilhar, olha isso: "O amor era físico. Não vinha do coração, não vinha da cabeça. Estava na pele. Era sólido. Tinha forma. Dava para pegar."
Steph
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Vivi
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As vezes eu sinto que passo o dia todo plantando bananeira com uma mão só. Isso é o quão diferente esse meu novo mundo é vs. o que conhecia antes. Cada dia você aprende algo e precisa lidar com uma nova situação e emoções. As situações novas como dar banho sozinha, colocar gotinhas na boca de um recém nascido, saber o que fazer quando chora...é mais fácil e vamos aprendendo aos poucos e parece que nossos pequenos entendem isso e tem toda a paciência do mundo. Ou seja, perdi o medo de errar. Mas, a avalanche de sentimentos que me enche faz o mundo virar de ponta cabeça. Engraçado que antes da Maya nascer, achei que estava emocionalmente pronta para a situação, mas que não iria saber o que fazer. Depois que ela nasceu eu percebi que sei muito bem o que fazer (instinto materno existe, ainda bem!), mas que o lado emocional vira uma gangorra. Percebi que os 5 meses de licença maternidade são necessários para o seu bebê, mas também para você. Para organizar todos os sentimentos que nos enchem e que nos mudam.
Eu peguei esse tempo para descobrir novas coisas sobre mim, olhar mais para dentro. É difícil se reinventar, se redescobrir, encarar seus defeitos, mas...ahhh como é gostoso as recompensas que estão vindo com isso. Hoje em dia me sinto completamente diferente, é uma Stéphanie menos séria, mais tranquila, mais amável e até, quem diria, menos introspectiva.
É um novo mundo. É um novo mundo para a Maya, é um novo mundo para a mamãe, é um novo mundo para a Stéphanie.
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Meu mundo também é outro. Embora eu seja uma mãe de 2a viagem, passar pelo 8o e 9o mês de gravidez foi uma novidade para mim. Mas mais do que isso, eu ansiava pelo meu mundo "mãe de dois".
- Será que dou conta de dois?
- Será que a gente realmente gosta dos dois igual?
- Como será a reação minha e da Nina?
A vida com a Nina mudou meu mundo, então, quando o Dudu chegou, a sala de casa já era cheia de brinquedos, a agenda da família raramente fura a rotina das crianças, Du e eu já sabemos trabalhar em equipe (eu sempre liderando, para deixar claro, nem sempre rola pro-atividade... homens...) para dar conta da operação logística dos dois.
Então tá, o que mudou?
Primeiro meu coração, que recebeu o Dudu muito bem e obrigada. Somos uma família, e amo os meus filhos, sem nenhuma preferência e sem nenhum clichê, mas "coração de mãe, sempre cabe mais um".
Segundo que muda muito é a rotina de dois, sendo um deles bebê, Jesus... Quando um fica pronto, começa o outro, e claro que isso se passa no mínimo em uma hora, e se perder o ritmo, começa do zero tudo de novo.
Terceiro que muda muito é que a vez da mamãe demora mais para chegar, então as crises do tipo "estou exausta" aparece mais cedo e mais vezes.
O ar sorri numa casa com criança, o que dirá com duas. Essa é uma mudança gostosa. Uma hora é um bebê que começou a interagir e sorri num "bom dia" seu, num outro é uma menina linda dando seus primeiros passos de ballet. E num daqueles bem delicia, estamos nós 4 deitados, um interagindo com o outro.
Meu mundo é outro, tem 2 filhos, 1 marido e muito amor.
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