sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Meu jeito, meu parto

Vivi: Bebê nasce dia 3/6, 7h da manha

Steph: Oi Vivi! Aiii...quanta emoção! Fiquei super empolgada com vc! E senti uma pontinha de medo como se fosse eu!hahaha... Você vai fazer cesárea no fim?

Vivi: Vou ste.  A Dra acha melhor e eu tbm, por conta do clexane, Tem que programar a parada dele 2 dias antes... Da Nina queria mto que tivesse sido normal. Nesse eu só quero que saia td bem. Quem não teve opção em algum momento da vida não sabe o que esta falando. Enfim, desabafo...

Steph: Entendo o desabafo! Eu sou super a favor do parto q e melhor e mais seguro tanto para vc quanto para a criança


Vivi: Isso eh uma decisão , não cabe a ngm mais que vc e seu marido


Steph:  Ate pq vc tem o seu corpo e sabe o q ta passando e sentindo. Que o Dudu venha feliz e saudável!! Isso q importa! E que vc esteja tranquila


Vivi: Amém


Steph
Vivi
Tema polêmico. Parto e amamentação são os temas mais polêmicos da maternidade. Eu nem entendo porque...
Eu queria parto normal, sempre quis e torcia para ter a chance de isso ser possível. Queria vivenciar esse momento daquela maneira porque achava que isso ia criar um laço muito maior e mais forte entre mim e a Maya. Enxergava  a cesária como algo muito frio.
A Maya nasceu de cesária com data marcada. Por vários motivos (que nem vale a pena entrar) minha decisão foi pela cesárea.  Foi difícil abrir mão de tudo que imaginei. Mas, eu sabia que era a melhor decisão. Eu amei meu parto, me senti totalmente conectada com a Maya e consegui sentir todas as emoções que gostaria de ter sentido. Poderia ter sido diferente? Poderia. Eu nunca vou saber e tenho zero arrependimento.
Para mim essa é uma decisão só da mãe. Sim, não acho que nem seja do pai (apesar da opinião dele ser extremamente importante!). Mas, é uma decisão completamente egoísta. Decidi pelo que senti que seria o melhor para nós duas! Não só ela, não só eu! Eu e Maya, nós, como novo time.
O mais importante é que seja um momento único, tranquilo, feliz e cheio de lágrimas e “pessoas infladas”. Só isso e sem mais. Cada uma com sua opinião, como uma com o seu parto, cada uma merecendo respeito e sentir todo aquele amor assim que vê o filho nos braços.  
Ai quando você vira mãe tem tanta coisa que as pessoas falam, escrevem, gritam e quase impõem para chegar na perfeição.
Eu às vezes me pego pensando se a tal culpa materna que sentimos, em parte é reflexo do que lemos ou ouvimos. Que talvez se não fossemos expostos a tanta informação (e as vezes tão idiotas), seríamos mais brandas com nossas mentes.
Eu participo de grupos de mães do facebook, mas confesso que é mais para ter o que ler e rir de vez em quando, eu quase como pipoca e guaraná enquanto leio os posts e seus comentários. A necessidade de parecer a mãe perfeita e julgar as que não são é ridícula, me dá preguiça. Ser uma mãe de status é mais importante do que ser uma mãe.
Tem gente que não consegue amamentar, vi muito isso nos 30 dias de uti neo natal, mães que choram por não ter uma gota de leite, e o que fazer? Deixar o bebê com fome porque não tem leite materno?
Acho que a vida deveria ser o mais natural possível, quando você vira mãe, a sua preferência jamais deve sobrepor a proteção e cuidado do seu bebê.
Eu tenho preguiça de tudo que quer ser perfeito, gosto do que quer ser bom, honesto... Meus 2 partos foram cesáreas (isso não é uma apologia), ambos por decisões medicas que eram as que deixariam meus bebês seguros e eu também, afinal, eles precisariam de mim. 
Era do jeito que imaginei? Não. Foi menos feliz? Não. A vida é assim. E as vezes nossos bebes já descobrem desde o inicio.





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